Você quer uma casa container, mas ainda tem algumas dúvidas sobre o assunto? Não consegue explicar muito bem sobre este tipo de construção para seus amigos ou familiares? Quer saber mais dados sobre a história e vantagens dos containers em relação a construção civil convencional? Pegue um café, este texto é pra você.

Do meio de transporte para a sua casa

A história dos containers tem um início de vida recente, estamos falando do fim da década de 50 que estas caixas de aço gigantes surgiram. O resultado da criação dos containers foi avassalador. Segundo Marc Levinson, autor do livro The Box, “uma máquina que foi fabricada na segunda-feira poderia ser embarcada no Porto de Newark, nos Estados Unidos na terça-feira e entregue em Stuttgart, na Alemanha, em menos tempo do que uma vez teria levado para ser carregada a bordo de um navio”. Assim, a produtividade nos portos e o crescimento da exportação revolucionaram o comércio global a partir da década de 70.

Containers, a partir de então, viajam o mundo em navios de carga, carregam e descarregam mercadorias de todo tipo e peso e enfrentam diversas condições climáticas. Através de um controle portuário é determinado um tempo de vida de uso destes containers no mar, cerca de 8 a 10 anos. Só no Brasil, em 2014, foram movimentados mais de 6 milhões de containers, imaginem quantos containers são separados e descartados como lixo após o seu limite de tempo de carga? Do lixo para a criatividade, a construção civil achou uma solução para este problema.

A padronização do tamanho dos containers pela ISO (International Organization for Standardization) foi também um marco importante, fez com que o mundo inteiro falasse a mesma língua no que se refere estes módulos e organizou a logística de cargas de modo global. De cinco tamanhos definidos pela ISO, dois modelos, o de 6 metros de comprimento (20 pés) e o de 12 metros de comprimento (40 pés) são hoje os tamanhos mais populares. Para a construção civil, estamos falando de containers de 15m2 e 30m2 respectivamente. E para o setor passaram então a funcionar como um jogo de lego, onde o imóvel vai se transformando e crescendo de acordo com o acoplamento das peças, bastando a criatividade de quem as manipula e o tamanho do imóvel desejado pelo cliente.

Do terreno para indústria

A industrialização na construção é uma questão que ainda engatinha no Brasil. Por enquanto podemos dizer que grande parte das edificações são realizadas de forma artesanal.

As vantagens em industrializar são muitas. Para Silvia Manfredi, arquiteta e diretora da ANAB Brasil (Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica), “um dos caminhos apontados para tornar a obra mais sustentável é a industrialização da construção, pois elimina desperdícios na obra; otimiza o uso dos materiais; aumenta a produtividade e tende a reduzir a informalidade da mão-de-obra”.

Outra das grandes vantagens de construtoras industrializadas é não depender de clima, sendo este um dos problemas que mais impactam na demora de entrega da construção quando esta é realizada apenas no terreno. Ou seja, faça chuva ou faça sol a construção industrializada não pára. Com uma linha de produção automatizada, mão de obra e materiais otimizados, a construção é acelerada e são construídos mais de um imóvel simultaneamente, fazendo com que os recursos tenham custo inferior em relação a uma construção convencional. É possível construir 90% de um imóvel container em fábrica, saindo rumo ao terreno do cliente já com todas as instalações elétricas, hidráulicas, paredes, forro, janelas, pintura, gesso e vidros prontos por exemplo.

Da construção civil para a construção sustentável

Há mais de uma década vive-se um momento de intensa reflexão e incentivo deste pensamento sustentável, mas ainda não é possível converter o que é ideal para a prática. A seguir dados referente o setor de edificações:

  • A construção é o grupo que mais causa impacto no consumo de energia no mundo, CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável).
  • São extraídos do planeta pela construção civil entre 40% a 75% dos recursos naturais, sem considerar a água e a energia. (CBCS)
  • No Brasil, 45% da energia elétrica consumida é proveniente do setor de edificações. (CBCS)
  • A construção civil é responsável por exorbitante parte do consumo de água potável no mundo. Em áreas urbanizadas chega a ser de cerca de 50% da água potável fornecida à região. (CBCS)
  • As obras de construção civil no Brasil geram 84 milhões de metros cúbicos de resíduos todos os anos e só 17 milhões de metros cúbicos são aproveitados. (Jornal Nacional, 2015)
  • Quase tudo o que sobra das construções brasileiras é jogado na rua ou despejado num aterro. Material suficiente para construir quase 4 milhões de casas populares ou pavimentar 168 mil quilômetros de estradas. Daria para dar quatro voltas na Terra. (Jornal Nacional, 2015).

A fim de realizar uma construção sustentável é necessário enfrentar diversos desafios. Diana Csillag, Diretora do CBCS afirma por exemplo que com o uso racional de recursos é possível reduzir entre 30% e 40% o consumo de energia e de água na construção civil.

A seguir algumas alternativas de construção sustentável, todas facilmente aplicáveis à construção com container:

  • Telhado verde: a cobertura de plantas sobre as superfícies do container mantém a temperatura sempre agradável. Segundo o agrônomo José Manuel Linck Feijó, presidente da Associação Telhado Verde Brasil, esta técnica faz com que o morador tenha uma redução de aproximadamente 30% nos gastos de energia. (O GLOBO, 2009)
  • Aquecedor solar: Um exemplo do potencial energético e econômico que se pode ter ao optar pelo uso de painéis solares: “Em apenas um segundo o sol produz mais energia (internamente) que toda energia usada pela humanidade desde o começo dos tempos. (PORTAL ENERGIA, 2009)
  • Captação de água da chuva: Pode representar uma economia de 50% na conta de água (ECYCLE, 2015).
  • Lâmpadas eficientes: As lâmpadas LED, além de serem mais duráveis e mais seguras que as demais do mercado, o consumo de energia é “até seis vezes menor do que as lâmpadas incandescente e cerca de 4 vezes menor do que a lâmpada fluorescente compacta” (R7, 2015);
  • Certificações ambientais: São comumente indicados no Brasil dois sistemas de certificação ambiental para edificações novas ou em utilização, o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e o Processo AQUA, adaptação do método Francês HQE (Haute Qualité Environnementale). Atender os requisitos de uma ou mais certificações é uma maneira de se diferenciar dos concorrentes e de provar que de fato aquela empresa está se preocupando com o meio-ambiente. (CBCS)

A construção com containers é nova e ainda pouco difundida no Brasil, possuindo poucos estudos e pesquisas próprios, porém através do conjunto de técnicas sustentáveis e sua forma de construção, é sem dúvida extremamente limpa, não sendo necessário demolir, cavar, causando menos poluição, menos emissão de CO2 e a quantidade de resíduos é praticamente levada a zero.

Da alvenaria para os containers

Sucintamente estes são os motivos pelos quais a Up! Containers existe e decidiu construir com uso de containers.

  • É mais rápido: A construção é industrializada, realizada dentro de fábrica, otimizando recursos de materiais e trabalhadores. Isso pode torná-la muito mais rápida que a construção convencional.
  • É sustentável: A começar pelo reaproveitamento do container que é descartado e vira lixo após vida útil de carga. A construção é limpa, quase não gera resíduos, há possibilidade de facilmente colocar telhado verde, fazer reuso de água, e utilizar outras técnicas da construção sustentável.
  • É mais barato: Uma vez que a construção com container é uma construção sustentável, limpa e otimiza recursos, dependendo dos materiais utilizados, pode ser consideravelmente mais barata que a construção convencional.
  • É estiloso: Um imóvel que pode se tornar estiloso e possui um custo-benefício extremamente atraente.
  • É diferente: Para criação de um negócio sempre é bom contar com diferenciais para se destacar no seu mercado ou na sua região de atuação. Por ser uma construção diferente, inovadora e sustentável, tem-se aqui muitos assuntos para chamar atenção e gerar mídia espontânea.
  • É resistente: Containers marítimos, utilizados para construções, são feitos de um tipo de aço resistente a chuvas, fortes ventos e intempéries. E utilizando material adequado também é resistente a corrosão. Isso gera tranquilidade e segurança. Bharati é um caso exemplo. Esta é uma estação de pesquisas da Índia na Antártica composta de 134 containers. A proximidade com a costa expõe a edificação a ventos extremos e temperaturas de até -40•C, além de alta corrosividade. Resistência a intempéries, logística do transporte e manuseio dos containers foram alguns dos fatores de decisão do grupo alemão Bof Architekten para uso deles na construção (concursosdeprojeto.org).
  • É versátil: A versatilidade nos acabamentos, revestimentos e estilos que um imóvel feito com containers pode ter são várias, por exemplo um design industrial, ou mais refinado com gesso e revestimentos modernos. Nas demais construções, se o imóvel for para uma região serrana, é possível fazer um revestimento cobrindo o aço dos containers com madeira, ou se a intenção é uma casa ampla com muita claridade, é possível abusar de recortes nos containers para duplicar ou triplicar o espaço interno e fazer aberturas que revelam uma boa claridade.
  • É flexível: Para uma pequena empresa, não é necessário investir em mais do que um pequeno espaço. A construção com containers tem esta flexibilidade. Você começa com um container, depois com o crescimento da empresa pode anexar outro e depois empilhar outro… tudo isso sem necessidade de grandes reformas.
  • É móvel: Se a empresa desejar participar de um evento, feira ou se desejar um dia mudar de cidade, utilizando uma casa feita com containers, basta colocá-los em uma carreta e pegar estrada. A montagem no novo terreno ou espaço é simples.

 

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